sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

RN registra aumento no número de homicídios nos primeiros 15 dias do ano

As ações em busca da melhoria na segurança pública tomadas no início deste ano não foram suficientes para diminuir o número de homicídios no Rio Grande do Norte. Entre os dias 1º e 15 de janeiro, 72 pessoas foram mortas em todo o estado. O número é superior ao mesmo período de 2014, quando 69 pessoas foram mortas nos primeiros quinze dias do ano.
Para otimizar o trabalho de segurança das polícias potiguares, a Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social (Sesed) está reorganizando a forma de computar os dados da criminalidade no estado e fornecer subsídios para as ações de segurança. Nesse acompanhamento foi identificado o número de homicídios.
Os dois últimos homicídios registrados ocorreram em João Câmara, onde três bandidos tentaram assaltar um policial militar na porta de casa e dois deles acabaram mortos. Com essas mortes, o interior urbano do Rio Grande do Norte soma 42 homicídios somente no interior do estado. 
Na divisão das mortes, 15 crimes ocorreram na Região Metropolitana (excetuando-se os casos de Natal), 14 em áreas urbanas de outras cidades do interior e 13 em áreas rurais. Em Natal, o número de homicídios chegou a 30.
"Estamos otimizando e organizando o setor para preparar diariamente essas estatísticas e repassá-las diretamente à secretária (Kalina Leite). Queremos que a atuação da segurança possa usar os dados atuais, e não de três ou quatro meses anteriores, que poderiam mostrar realidades diferentes das que seriam encontradas", explicou o coordenador de informática e estatística da Sesed, Ivenio Hermes.
Desde o início do ano, o governador Robinson Faria anuncia medidas em busca de melhorar a segurança pública no estado. Na Polícia Militar, além da troca do comando, o Governo buscou manter 300 policiais em nas ruas para realizar, em duplas, o patrulhamento ostensivo a pé. No entanto, a medida não vem sendo implementada plenamente.
De acordo com a PM, são poucos os policiais militares que têm se oferecido para trabalhar nas rondas do Policiamento Preventivo Ostensivo (PPO), medida emergencial adotada pelo Governo. Há dificuldade de convencer os PMs a trabalhar nas rondas. 
A PM não tem a confirmação sobre quantos policiais estão atuando no PPO, mas, segundo o coronel Ângelo Mario de Azevedo Dantas, comandante da corporação, as 300 diárias não estão sendo plenamente preenchidas.


Fonte: Tribuna do Norte

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