As ações em busca da melhoria na segurança pública tomadas no início deste ano não foram suficientes para diminuir o número de homicídios no Rio Grande do Norte. Entre os dias 1º e 15 de janeiro, 72 pessoas foram mortas em todo o estado. O número é superior ao mesmo período de 2014, quando 69 pessoas foram mortas nos primeiros quinze dias do ano.
Para otimizar o trabalho de segurança das polícias potiguares, a Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social (Sesed) está reorganizando a forma de computar os dados da criminalidade no estado e fornecer subsídios para as ações de segurança. Nesse acompanhamento foi identificado o número de homicídios.
Os dois últimos homicídios registrados ocorreram em João Câmara, onde três bandidos tentaram assaltar um policial militar na porta de casa e dois deles acabaram mortos. Com essas mortes, o interior urbano do Rio Grande do Norte soma 42 homicídios somente no interior do estado.
Na divisão das mortes, 15 crimes ocorreram na Região Metropolitana (excetuando-se os casos de Natal), 14 em áreas urbanas de outras cidades do interior e 13 em áreas rurais. Em Natal, o número de homicídios chegou a 30.
"Estamos otimizando e organizando o setor para preparar diariamente essas estatísticas e repassá-las diretamente à secretária (Kalina Leite). Queremos que a atuação da segurança possa usar os dados atuais, e não de três ou quatro meses anteriores, que poderiam mostrar realidades diferentes das que seriam encontradas", explicou o coordenador de informática e estatística da Sesed, Ivenio Hermes.
Desde o início do ano, o governador Robinson Faria anuncia medidas em busca de melhorar a segurança pública no estado. Na Polícia Militar, além da troca do comando, o Governo buscou manter 300 policiais em nas ruas para realizar, em duplas, o patrulhamento ostensivo a pé. No entanto, a medida não vem sendo implementada plenamente.
De acordo com a PM, são poucos os policiais militares que têm se oferecido para trabalhar nas rondas do Policiamento Preventivo Ostensivo (PPO), medida emergencial adotada pelo Governo. Há dificuldade de convencer os PMs a trabalhar nas rondas.
A PM não tem a confirmação sobre quantos policiais estão atuando no PPO, mas, segundo o coronel Ângelo Mario de Azevedo Dantas, comandante da corporação, as 300 diárias não estão sendo plenamente preenchidas.
Fonte: Tribuna do Norte
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