Policiais ouviram seis tiros no apartamento durante a noite (Foto: Marksuel Figueredo/Inter TV Cabugi)
A situação no condomínio Serra do Cabugi I, em Capim Macio, onde o agente penitenciário aposentado Francisco José de Assis, 52, mantém como refém seu enteado de 14 anos continua em clima de negociação e não há indicativo de que o agente vá se entregar.
Desde o início da madrugada que Assis deflagrou o cárcere privado e não tem feito nenhuma exigência específica. Ora pede a presença da mãe do garoto, sua mulher, identificada até o momento apenas como Márcia; ora exige a presença da irmã do menino, também sua enteada, com quem ele teve um desentendimento recente que culminou em sua prisão após ter sido enquadrado pela Lei Maria da Penha.
Até o momento, apenas o gás foi cortado. No apartamento, Francisco tem comida, energia e água. Ele exigiu almoço mais cedo. Antes de comer, submeteu o menino à comida para testar se não estava envenenada.
Segundo o tenente Moreno Montenegro, do Bope, o garoto está bem e as táticas adotadas até o momento têm sido as de negociar com Francisco José de Assis. No momento, os familiares do garoto acompanham os desdobramentos do lado de fora junto com os negociadores. A mãe dele tem rezado incessantemente.
O caso se iniciou como uma discussão de casal, ocasião em que Francisco se mostrou violento com uma arma e Márcia tentou retirá-la de suas mãos, não obtendo êxito. Ao tentar fugir, ela procurou levar o filho, mas o companheiro foi mais rápido e segurou o garoto, apontando a arma para sua cabeça.
À 1h30, Márcia decidiu acionar o Centro Integrado de Operações em Segurança Pública (Ciosp) que logo depois encaminhou a informação para o Batalhão de Operações Especiais (Bope). A negociação prossegue sob a coordenação dos comandantes do 5º Batalhão de Polícia Militar (5ºBPM), major Francisco Heriberto Rodrigues Barreto, e do comandante do Bope, major Rodrigo Trigueiro.

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