sexta-feira, 12 de maio de 2017

Seis pessoas são presas na PB em 2ª etapa da Operação Gabarito, que investiga fraudes e



Seis pessoas foram presas na manhã desta sexta-feira (12) na segunda etapa da Operação Gabarito, que desarticulou um grupo criminoso suspeito de fraudar pelo menos 60 concursos públicos desde 2005, informou o superintendente da Polícia Civil da Paraíba, delegado Marcos Paulo Vilela. A primeira etapa da operação foi deflagrada no domingo (7), com a prisão de 19 pessoas.


O superintendente não divulgou informações sobre as seis prisões, e informou que os dados oficiais relacionados a segunda etapa da operação só devem ser divulgados na segunda-feira (15). Na terça-feira (9), o delegado de defraudações e falsificações de João Pessoa, Lucas Sá, responsável pela operação, informou que além dos 19 presos, outras 21 pessoas estão sendo investigadas pela polícia.

Como o esquema fraudava concursos


As fraudes começaram em 2005, e mais de 500 pessoas já foram beneficiadas com o esquema em concursos na Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Rio Grande do Norte, Sergipe e Piauí. O valor pago pelas pessoas para o grupo já acumulava pelo menos R$ 18 milhões. A audiência de custódia dos 19 presos no domingo aconteceu na segunda-feira (8) em João Pessoa e a Justiça manteve a prisão dos suspeitos. A polícia investiga a participação de pelo menos outras 21 pessoa no esquema.


O esquema funcionava por meio de escutas e transmissões eletrônicas durante a aplicação das provas. Parte dos suspeitos ficavam na casa onde os líderes do grupo foram presos, em João Pessoa, e eram responsáveis por receber as informações das provas de outros integrantes do grupo que faziam as provas. “Eles repassavam as informações para os ‘professores’, que respondiam as questões e mandavam os gabaritos para os candidatos”, explica Lucas Sá.

Irmãos foram presos em casa localizada em condomínio de luxo em João Pessoa (Foto: Lucas Sá/DDF João Pessoa)


Segundo o delegado, os “clientes” do grupo eram contatados principalmente em cursinhos e por meio redes sociais. “São muitas as maneiras, mas as principais são pelo Facebook, WhatsApp e indicação de pessoas de cursinhos. Vários desses professores [presos] são professores de cursinho. Então eles acabam indicando a organização para os alunos desses cursos e fazendo a proposta de ingressar no esquema fraudulento”, disse o delegado.

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