quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Polícia fecha bingo de luxo em Candelária

91 máquinas caça-níqueis foram apreendidas no local. Casa movimentava cerca de R$ 20 mil por semana



Bingo aceitava cartão de crédito, promovia feijoadas e sorteios de motos para atrair os clientes Fotos: Eduardo Maia/DN/D.A Press
A Polícia Civil apreendeu 91 máquinas caça-níqueis que estavam em pleno funcionamento em uma casa de jogos que funcionava em um imóvel de alto padrão, no bairro de Candelária, Zona Sul da cidade. De acordo com o delegado Silvio Fernando Nunes Silva, titular da delegacia de costumes e consumidor, seis mulheres que jogavam no momento da operação e uma funcionária do bingo foram detidas para prestar esclarecimentos. "Era um local extremamente organizado, até cartão de débito eles aceitavam aqui", disse o delegado.

Silvio Fernando informou que a polícia civil recebeu uma denúncia anônima na semana passada, dando conta de que no local funcionava um bingo clandestino. "Um policial à paisana esteve aqui, se passando por um cliente, e confirmou a denúncia, então nós viemos para fechar o local", disse. As 91 máquinas estavam distribuídas em cinco cômodos da casa - todos climatizados. No momento da operação, foram apreendidos R$ 395 que estavam dentro das máquinas, mas o delegado estima que a casa de jogos movimentava cerca de R$ 20 mil nos fins de semana. Ele não soube estimar há quanto tempo a casa de jogos funcionava, mas afirmou que era no mínimo há um mês.

De acordo com o delegado, as máquinas de cartão de débito vão ajudar a polícia a chegar até o dono do bingo. "Certamente existe uma pessoa jurídica por trás dessas máquinas de cartão de débito e isso irá nos ajudar nas investigações", disse. Além dessa comodidade da forma de pagamento, o bingo promovia feijoadas aos sábados para os clientes e ainda estava organizando o sorteio de uma moto 0km que deveria acontecer no dia 20 de dezembro. Um cartaz na parede informava "Promoção de Fim de Ano: sorteio de 1 moto 0KM. Dia 20/12/2011". E outro dizia ainda: "Sábado Especial - Feijoada".

Todas as pessoas detidas estavam na casa no momento em que a reportagem do Diário de Natal esteve no local, mas ninguém quis falar com a equipe. O delegado afirmou que a funcionária disse se chamar Angélica e não passou informações relevantes para a polícia. A exploração dos jogos de azar em locais públicos ou acessíveis ao público é contravenção penal, punida com pena de prisão que varia entre 3 meses e 1 ano, e multa.

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