quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Fim de ano acirra disputa por estacionamento

 Compras natalinas trazem mais movimento para os centros comerciais da cidade, complicando a falta de vagas nos locais
Amanhã já é dezembro, um mês que remete às compras para as festas natalinas e de fim de ano. Isso significa dizer que o trânsito de Natal, que já é complicado nos principais centros comerciais da cidade, vai registrar um número maior de congestionamentos e falta de vagas de estacionamento, principalmente nas vias próximas a grandes lojas e agências bancárias. Aumenta o número de veículos circulando nas ruas e avenidas, porém os espaços de estacionamento da Cidade Alta e do Alecrim e até dos shoppings da cidade, continuam os mesmos porque nem a Prefeitura de Natal ou mesmo algum empreendimento privado têm projeto para amenizar a falta de locais para o cliente estacionar enquanto faz compras.


Foto: Carlos Santosl/DN/D.A Press
As principais avenidas da Cidade Alta e do Alecrim são as que mais enfrentam a falta de vagas para guardar o carro. Naturalmente planejada para dar maior fluxo no trânsito dos veículos, com faixa exclusiva para ônibus, o principal trecho comercial da avenida Rio Branco, na Cidade Alta, não contempla vagas para estacionamento. Os poucos espaços que existem são destinados à carga e descarga e, assim mesmo, são tomados por carros de frete. A mesma situação ocorre na avenida João Pessoa, uma das mais movimentadas do Centro e no quarteirão formado pelas ruas Ulisses Caldas, São Tomé, Coronel Bezerra e Câmara Cascudo, nas proximidades da Assembleia Legislativa, Prefeitura de Natal e da Secretaria Municipal de Tributação. "O Largo em frente à Semut, por ser um logradouro público, bem que poderia ser uma praça, mas os carros estacionados não deixam", lamenta o comerciante Orlando de Oliveira.

No Alecrim, a situação é tão caótica quanto no Centro da cidade, com apenas uma diferença: devido o bairro ter mais espaço, também tem mais estacionamento. Por outro lado, é mais populoso e popular. Nas principais vias, a Amaro Barreto, Presidente Bandeira, Coronel Estevam, Presidente Quaresma e Presidente José Bento, onde estão centralizadas importantes lojas, os carros têm que dividir espaço com os ambulantes que instalam suas barracas na frente dos estabelecimentos comerciais e até nas calçadas dos acostamentos centrais, o que é proibido.

Com tanta gente e veículos transitando nas ruas, é comum os motoristas rodarem à procura de vagas, aumentando o consumo de combustível e complicando ainda mais o trânsito. Não é preciso andar muito em Natal para encontrar carros parados no meio da rua com o sinal de alerta ligado, formando filas duplas, ocupando as vagas reservadas para táxi, de pessoas idosas ou com mobilidade reduzida; ou ainda para a carga e descarga de caminhões e até calçadas. Há ainda aqueles que param ao lado da placa de estacionamento proibido e acham que não estão fazendo nada errado porque mantêm uma pessoa ao volante.

Os motoristas justificam as infrações dizendo que faltam locais para estacionar. O servidor público Flávio da Silva, 34, teve que estacionar na calçada de uma loja porque o espaço reservado à carga e descarga estava tomado por carros de frete que prestam serviço à própria loja. "Tive que estacionar na calçada para colocar a TV que comprei no meu carro, arriscando-se a levar uma multa".

Uma das alternativas para o problema é deixar o carro em casa e optar pelo transporte coletivo, já que todos os ônibus trafegam pelas principais vias do Centro, onde se concentram a grande parte das lojas da cidade. A passagem custa R$ 2,20 e além de ganhar tempo, os consumidores que ainda irão às compras, podem economizar no consumo de combustíveis, freios e embreagem, dos carros próprios. Um litro de gasolina, por exemplo, custa R$ 2,65.

Sem alternativas
O secretário adjunto municipal de Mobilidade Urbana (Semob), Haroldo Maranhão, não vê uma solução a curto prazo e a Prefeitura já anunciou, em nota oficial, que o projeto de Estacionamento Rotativo não será executado. Nem mesmo os shoppings da cidade, onde a escassez de vagas para os automóveis já é evidente, planejam mudanças para a ampliação do estacionamento. O Midway Mall é o principal exemplo: apesar de possuir seis pisos para estacionamento, guardar o carro lá dentro em determinados horário tem sido um sufoco. A assessoria de imprensa do shopping não confirmou e existência de um projeto de ampliação do estacionamento utilizando um galpão em frente ao próprio estabelecimento, de propriedade da Guararapes. Segundo informações extraoficiais, a ideia seria abrir vagas de estacionamento nesse local, pois daria acesso aos clientes diretamente pela passarela, na avenida Bernardo Vieira.

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