Cristiane Rodrigues é campeã na categoria Empreendedor Individual (Foto: Fred Veras/Sebrae)
O Prêmio Sebrae Mulher de Negócios é uma realização do Sebrae em parceria com a Fundação Nacional da Qualidade (FNQ) e conta com o apoio do Governo Federal, através da Secretaria de Políticas para as Mulheres. Nesta edição, foram inscritas 54 empresárias potiguares, que relataram as suas trajetórias de vida e no mundo dos negócios.
Cada relato foi analisado por pelo menos dois avaliadores, capacitados pela FNQ, e submetidos a uma banca julgadora, que selecionou quatro candidatas, sendo duas da categoria Empreendedora Individual e duas da categoria Pequenos Negócios. As selecionadas receberam visitas de verificadores. A partir das avaliações, o júri escolheu as campeãs. No estado, não houve vencedora na categoria Negócios Coletivos, que a partir deste ano será extinta.
“A intenção do prêmio é estimular o empreendedorismo feminino no Brasil. É crescente o número de mulheres que empreendem e o Sebrae quer valorizar essas empreendedoras e, através desse reconhecimento, inspirar outras empresárias”, explica a coordenadora estadual do prêmio, Etelvina Costa. Dados da pesquisa GEM, divulgadas no início do mês, mostram que, no Nordeste, 52% das empresas estão nas mãos das mulheres. Segundo Etelvina Costa, a premiação serviu para elevar a auto-estima das vencedoras de edições anteriores e o aprimoramento dos negócios, por meio de capacitações. Cristiane Rodrigues e Maria das Neves Costa representam o Rio Grande do Norte em Brasília (DF) na solenidade de entrega da etapa nacional, programada para o dia 7 de março.
Salada de Frutas
A escolha das empreendedoras diante de outras 52 candidatas não foi à toa. Com visão empreendedora aguçada, a mossoroense Cristiane Oliveira uniu os benefícios de uma alimentação baseada no conceito saudável às necessidades do mercado e transformou salada de frutas em um negócio lucrativo. A ideia, que teve início em 2007, com apenas R$ 4 de investimento cresceu. Hoje, a Salada da Galega é uma empresa formalizada e reconhecida na cidade. Além de garantir o sustento da família ao final do mês, a iniciativa vitoriosa rendeu à empreendedora a vitória na etapa estadual do prêmio. “Tentei vender comida típica, mas no primeiro dia de venda tive prejuízo, porque as pessoas não aceitaram bem o mugunzá. Sempre perguntavam se era salada. Foi aí que resolvi investir no produto, com os quatro reais que tinha apurado. E deu certo”, comemora.
Hoje, além das cerca de 200 porções de saladas que comercializa em seu carrinho no ponto de venda fixo e na residência da família, a empreendedora já fornece o alimento para um total de seis lanchonetes da cidade. Outro foco do mercado são os buffets, para os quais também já começou a fornecer. Diariamente são produzidos cerca de 30 quilos de salada, e cada 200 gramas são vendidas a R$ 2. Os bons resultados estimulam a empreendedora, que, com o dinheiro conquistado com a venda da salada, deu entrada em uma casa, onde pretende montar a sede da empresa.
Fonte: G1
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